terça-feira, 4 de junho de 2013

Críticas sobre o Mercantilismo

Um bom número de estudiosos assinalou já alguns erros importantes nas teorias mercantilistas bem antes que Adam Smith desenvolvesse uma ideologia que o pudesse substituir completamente. Houve críticos como Dudley NorthJohn Locke ou David Hume que atacaram os fundamentos do mercantilismo, e ao longo do século XVIII foi perdendo o favor que tivera. Os mercantilistas eram incapazes de entender noções como a da vantagem competitiva (embora esta ideia apenas chegasse a ser entendida com David Ricardo em 1817) e os benefícios do comércio. Por exemplo, Portugal era um produtor muito mais eficiente de vinho do que Inglaterra, enquanto na Inglaterra era relativamente mais barata a produção têxtil. Pelo tanto, se Portugal se especializava em vinho e a Inglaterra em têxteis, ambos os Estados sairiam beneficiados se comerciavam. Nas teorias econômicas modernas, o comércio não se entende como uma soma zero entre competidores, pois que ambas as partes podem ser beneficiadas, pelo qual se trata mais de um jogo de soma positiva. Mediante a imposição das restrições à importação, ambas as nações terminam sendo mais pobres que se não existissem travas ao comércio.
Grande parte de "A Riqueza das Nações" de Adam Smith é um ataque ao mercantilismo
David Hume, pela sua vez, apontou a impossibilidade do grande objetivo mercantilista de conseguir uma balança comercial positiva constante. À medida que os metais preciosos entravam num país, a oferta incrementar-se-ia e o valor desses bens nesse Estado começaria a reduzir-se com referência a outros bens de consumo. Pelo contrário, no Estado que exportasse os metais preciosos, o valor começaria a crescer. Chegaria um momento no que não compensasse exportar bens do país com altos preços ao outro país, que agora teria níveis de preços menores, e a balança comercial terminaria revertendo por si mesma. Os mercantilistas não entenderam este problema, e argumentaram durante muito tempo que um acréscimo na quantidade de dinheiro simplesmente significava que todo o mundo era mais rico.
Outro dos objetivos principais à hora de criticar as teorias do mercantilismo foi a importância que dada aos metais preciosos, mesmo quando alguns mercantilistas começaram a tirar a importância do ouro e a prata. Adam Smith apontou que os metais preciosos eram exatamente iguais que qualquer outro bem de consumo, e que não havia razão alguma para lhe dar um tratamento especial. O ouro não era mais do que um metal de cor amarela que era valioso simplesmente por não ser abundante.
A primeira escola que recusou completamente o mercantilismo foi a da Fisiocracia, na França. Contudo, as suas teorias também apresentavam uma série de importantes problemas, e a substituição do mercantilismo não se produziu até que Adam Smith publicou a sua famosa obra "Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações" em 1776. Este livro amostra as bases do que atualmente se conhece como a economia clássica. Smith dedica uma parte considerável do livro a rebater os argumentos dos mercantilistas, se bem que estes são com freqüência versões simplistas ou exageradas dos seus pensamentos.
Os acadêmicos também estão divididos à hora de estabelecer uma causa para o final do mercantilismo. Aqueles que creem que a teoria era simplesmente um erro deduzem que a sua substituição era inevitável desde o momento em que as ideias de Smith, muito mais exatas, foram expostas ao público. Aqueles que opinam que o mercantilismo era uma procura de formas de enriquecimento para uma parte da sociedade entendem que somente terminou quando se produziram importantes câmbios na sociedade, e nomeadamente no sistema de poderes. No Reino Unido o mercantilismo foi desaparecendo a partir de que o Parlamento açambarcou o poder que o monarca tinha para estabelecer monopólios. Se bem que os ricos capitalistas que controlavam a Casa dos Comuns se beneficiavam desses monopólios, o Parlamento via difícil levá-los a cabo por causa do grande custo que supunha tomar essas decisões coletivas.
Os regulamentos mercantilistas foram eliminados pouco a pouco ao longo do século XVIII no Reino Unido, e durante o século XIX o governo britânico adotou abertamente o livre comércio e as teorias econômicas de Smith do laissez faire. No continente o processo foi algo diferente. Na França as prerrogativas econômicas da monarquia absoluta foram mantidas até a Revolução Francesa, sendo então que terminou o mercantilismo. Na Alemanha o mercantilismo continuou sendo uma importante ideologia até começos do século XX.


Fonte: página sobre o mercantilismo no facebook.

As Ideias Mercantilistas

As ideias mercantilistas 

O pensamento mercantilista pode ser sintetizado através das nove regras de Von Hornick:
  1. Que cada polegada do chão de um país seja utilizada para a agricultura, a mineração ou as manufaturas.
  2. Todas as matérias que se encontrem num país sejam utilizadas nas manufaturas nacionais, porque os bens acabados têm um valor maior que as matérias-primas
  3. Que seja fomentada uma população grande e trabalhadora.
  4. Que sejam proibidas todas as exportações de ouro e prata e que todo o dinheiro nacional seja mantido em circulação.
  5. Que seja obstaculizado tanto quanto for possível todas as importações de bens estrangeiros
  6. Que onde sejam indispensáveis determinadas importações devam ser obtidas de primeira mão, em troca de outros bens nacionais, e não de ouro e prata.
  7. Que na medida em que for possível, as importações sejam limitadas às primeiras matérias que possam acabar-se no país.
  8. Que sejam procuradas constantemente as oportunidades para vender o excedente de manufaturas de um país aos estrangeiros, na medida necessária, em troca de ouro e prata.
  9. Que não seja permitida nenhuma importação se os bens que se importam existissem suficiente e adequadamente no país.
Contudo, a política econômica interna que defende o mercantilismo estava ainda mais fragmentada do que a internacional. Enquanto Adam Smith apresentava um mercantilismo que apoiava o controlo estrito da economia, muitos mercantilistas não se identificavam com tais ideias. Durante os começos da era moderna estava na ordem do dia o uso das patentes reais e a imposição governamental de monopólios. Alguns mercantilistas apoiavam-nos, enquanto outros viam a corrupção e ineficiência desses sistemas.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Lista de exercícios sobre Mercantilismo, Iluminismo e Absolutismo

Exercício


1 Por que a burguesia precisava da centralização política?

2. (Unicamp) Sobre o governo dos príncipes, Nicolau Maquiavel, um pensador italiano do século XVI, afirmou:

"O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades. (...) Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo freqüentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião (...). O príncipe não deve se desviar do bem, se possível, mas deve estar pronto a fazer o mal, se necessário".
                (Adaptado de Nicolau Maquiavel, O PRÍNCIPE, em OS PENSADORES, São Paulo, Nova Cultural, 1996, pp. 102-103)

A partir do texto, responda:

a) Qual o maior dever do príncipe?
b) Como o príncipe deveria governar para ter êxito?
c) De que maneira as idéias de Maquiavel se opunham à moral cristã, medieval?

3. (Fuvest) "Após ter conseguido retirar da nobreza o poder político que ela detinha enquanto ordem, os soberanos a atraíram para a corte e lhe atribuíram funções políticas e diplomáticas".

Esta frase, extraída da obra de Max Weber, "POLÍTICA COMO VOCAÇÃO", refere-se ao processo que, no Ocidente:
a) destruiu a dominação social da nobreza, na passagem da Idade Moderna para a Contemporânea.
b) estabeleceu a dominação social da nobreza, na passagem da Antiguidade para a Idade Média.
c) fez da nobreza uma ordem privilegiada, na passagem da Alta Idade Média para a Baixa Idade Média.
d) conservou o privilégios políticos da nobreza, na passagem do Antigo Regime para a Restauração.
e) permitiu ao Estado dominar politicamente a nobreza, na passagem da Idade Média para a Moderna.

4. (Pucsp) "O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor..."
                (Jacques Bossuet.)
               
Essas afirmações de Bossuet referem-se ao contexto
a) do século XII, na França, no qual ocorria uma profunda ruptura entre Igreja e Estado pelo fato de o Papa almejar o exercício do poder monárquico por ser representante de Deus.
b) do século X, na Inglaterra, no qual a Igreja Católica atuava em total acordo com a nobreza feudal.
c) do século XVIII, na Inglaterra, no qual foi desenvolvida a concepção iluminista de governo, como está exposta.
d) do século XVII, na França, no qual se consolidavam as monarquias nacionais.
e) do século XVI, na Espanha, no momento da união dos tronos de Aragão e Castela.

5. (Uel) Por volta do século XVI, associa-se à formação das monarquias nacionais européias
a) a demanda de protecionismo por parte da burguesia mercantil emergente e a circulação de um ideário político absolutista.
b) a afirmação político-econômica da aristocracia feudal e a sustentação ideológica liberal para a centralização do Estado.
c) as navegações e conquistas ultramarinas e o desejo de implantação de uma economia mundial de livre-mercado.
d) o crescimento do contingente de mão-de-obra camponesa e a presença da concepção burguesa de ditadura do proletariado.
e) o surgimento de uma vanguarda cultural religiosa e a forte influência do ceticismo francês defensor do direito divino dos reis.

6. (Ufmg) Leia o texto.
"Por enquanto, ainda el-rei está a preparar-se para a noite. Despiram-no os camaristas, vestiram-no com o trajo da função e do estilo, passadas as roupas de mão em mão tão reverentemente como relíquias santas, e isto se passa na presença de outros criados e pagens, este que abre o gavetão, aquele que afasta a cortina, um que levanta a luz, outro que lhe modera o brilho, dois que não se movem, dois que imitam estes, mais uns tantos que não se sabe o que fazem nem porque estão. Enfim, de tanto se esforçarem todos ficou preparado el-rei, um dos fidalgos retifica a prega final, outro ajusta o cabeção bordado."
                                (SARAMAGO, José. MEMORIAL DO CONVENTO.)

Nesse texto Saramago descreve o cotidiano na corte no período de consolidação do Estado Moderno.
Todas as alternativas referem-se ao Absolutismo Monárquico, EXCETO:
a) A classe dominante, durante toda a época moderna, não era mais a mesma do período feudal tanto política quanto economicamente.
b) A história do Absolutismo Monárquico é a história da lenta reconversão da nobreza a um papel parasitário, o que lhe permitiu regalias.
c) A nobreza passou por profundas transformações no período monárquico de centralização, mas nunca foi desalojada do poder político.
d) O Absolutismo era um rearranjo do aparelho de dominação, destinado a sujeitar as massas camponesas, que sublevadas questionavam o papel tradicional da nobreza.
e) O Estado Absolutista era uma nova carapaça política de uma nobreza atemorizada, que passou a ocupar um lugar junto ao Rei, se tornando cortesã.

7. (Unesp) O início da Época Moderna está ligado a um processo geral de transformações humanística, artística, cultural e política. A concentração do poder promoveu um tipo de Estado. Para alguns pensadores da época, que procuraram fundamentar o Absolutismo:
a) a função do Estado é agir de acordo com a vontade da maioria.
b) a História se explica pelo valor da raça de um povo.
c) a fidelidade ao poder absoluto reside na separação dos três poderes.
d) o rei reina por vontade de Deus, sendo assim considerado o seu representante na Terra.
e) a soberania máxima reside no próprio povo.

8. (Fgv) O mercantilismo correspondeu a:
a) um conjunto de práticas e idéias econômicas baseadas em princípios protecionistas.
b) uma teoria econômica defensora das livres práticas comerciais entre os diversos países.
c) um movimento do século XVII que defendia a mercantilização dos escravos africanos.
d) uma doutrina econômica defensora da não intervenção do Estado na economia.
e) uma política econômica, especificamente ibérica de defesa de seus interesses coloniais.

9. (G1) O Mercantilismo pode ser definido como:
a) o conjunto de práticas econômicas caracterizadas pelo monopólio comercial, pela balança comercial favorável e pela intervenção do Estado na economia
b) o conjunto de idéias preconizadas por Adam Smith que defendia a livre iniciativa econômica e a atuação do Estado Absolutista
c) a expressão teórica do Estado liberal, caracterizado pelo livre comércio
d) o conjunto de práticas econômicas que incluíam o estímulo à livre iniciativa e o combate ao trabalho escravo
e) o conjunto de medidas econômicas colocadas em prática durante o período denominado Feudalismo, caracterizado pelas obrigações servis e pela livre iniciativa

10. (Uel) A análise das economias americana e africana durante os séculos XVI, XVII e maior parte do XVIII só pode ser feita levando-se em consideração a existência de um sistema maior, o comercial europeu. Esse sistema dá sentido e completa um ciclo econômico, mediante a realização de suas três etapas constitutivas - a produção, a distribuição e o consumo.
                (Adaptado de: REZENDE FILHO, Cyro Barros. "História Econômica Geral". São Paulo: Contexto, 2001. p. 89.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a expansão comercial européia, é correto afirmar:
a) As relações econômicas desenvolvidas na América e na África devem ser compreendidas à parte do sistema comercial europeu.
b) A economia americana difere da africana, porque esta última, em função de seu processo produtivo ainda comunitário, ficou excluída de uma das três etapas constitutivas do sistema comercial europeu: a produção.
c) As etapas do ciclo econômico de produção, distribuição e consumo do sistema comercial europeu tiveram autonomia em relação à expansão comercial para a América e a África.
d) Uma das peças-chave da economia européia do período foi o chamado "sistema colonial", que tinha entre seus eixos fundamentais a exploração de colônias por meio do estabelecimento de monopólios.
e) A influência do sistema comercial europeu nas economias americana e africana limitou-se ao período colonial em ambos os continentes.

11. (Ufmg) "O objetivo das colônias é o de fazer o comércio em melhores condições [para as metrópoles] do que quando é praticado com os povos vizinhos, com os quais todas as vantagens são recíprocas. Estabeleceu-se que apenas a metrópole poderia negociar na colônia; e isso com grande razão, porque a finalidade do estabelecimento foi a constituição do comércio, e não a fundação de uma cidade ou de um novo império ..."
                MONTESQUIEU. "Do espírito das leis" (1748). São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 387.

Considerando-se as informações desse trecho, é INCORRETO afirmar que as colônias européias, na Época Moderna,
a) deveriam levar ao estabelecimento e ao incremento do comércio, regulando-se em função dos interesses recíprocos entre as colônias.
b) deveriam oferecer às metrópoles melhores condições de comércio que as verificadas entre os países europeus e seus vizinhos.
c) estariam sujeitas ao exclusivo comercial das metrópoles, cujos negócios essas colônias deveriam incrementar.
d) foram estabelecidas com finalidades comerciais, pois, inicialmente, não era objetivo das metrópoles fundar um novo império.

12. (Ufrs) Leia a seguir um trecho do relatório elaborado pelo embaixador veneziano Giustiniani no período em que serviu na França.

"Seu objetivo era tornar o país inteiro superior a qualquer outro em opulência, abundante em mercadorias, rico em manufaturas e fecundo em bens de todo tipo, não tendo necessidade de nada e dispensando todas as coisas dos outros Estados. Em conseqüência, ele nada negligencia a fim de aclimatar na França as melhores indústrias de cada país e impede por diversas medidas os outros Estados de introduzir seus produtos no reino [...]. Quanto mais ele se encanta em ver entrar o ouro dos outros no reino, tanto mais é zeloso e cuidadoso em impedir a sua saída, e, para isso, as ordens mais severas são dadas por todos os lugares [...]."
                Citado em BERSTEIN, Serge. "Histoire". Paris: Hatier, 1990. p. 29.

Considerando os dados emanados do relatório e a época histórica, a política econômica a que o texto se refere é
a) o Feudalismo.
b) o Liberalismo.
c) o Capitalismo.
d) a Fisiocracia.
e) o Mercantilismo.

13. (Ufv) Mercantilismo é um termo que foi criado pelos economistas alemães da segunda metade do século XIX para denominar o conjunto de práticas econômicas dos Estados europeus, nos séculos XVI e XVII. Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO indica uma característica do mercantilismo.

a) Busca de uma balança comercial favorável, ou seja, a superação contábil das importações pelas exportações.
b) Intervencionismo do Estado nas práticas econômicas, através de políticas monopolistas e fiscais rígidas.
c) Crença em que a acumulação de metais preciosos era a principal forma de enriquecimento dos Estados.
d) Aplicação de capitais excedentes em outros países para aumentar a oferta de matérias-primas necessárias à industrialização.
e) Exploração de domínios localizados em outros continentes, com o objetivo de complementar a economia metropolitana.

14. (G1) Explique que foi o Iluminismo, destacando as principais críticas feitas ao Antigo Regime.
               
15. (Fatec) O iluminismo surgiu na França, no século XVIII, e se caracterizava por procurar uma explicação racional para todas as coisas.
É correto afirmar que
a) a filosofia iluminista preocupou-se com o estudo da natureza, por isso, acreditava-se em Deus e no poder da Igreja para chegar a Ele.
b) seus pensadores eram divididos em dois grupos: os filósofos e os economistas, sendo estes últimos defensores de uma economia totalmente supervisionada pelo Estado.
c) os déspotas esclarecidos, monarcas e ministros europeus adeptos de idéias iluministas, modernizaram seus Estados abandonando o poder absoluto.
d) para corrigir a desigualdade social era preciso modificar a sociedade, dando a todos liberdade de expressão e de culto, além de proteção contra a escravidão, a injustiça, a opressão e as guerras.
e) um de seus maiores pensadores foi Montesquieu, que escreveu o Contrato Social, no qual criticava a Igreja e defendia a liberdade dos homens.

16 (Fatec) Adam Smith, teórico do liberalismo econômico, cuja obra, "Riqueza das Nações", constitui o baluarte, a cartilha do capitalismo liberal, considerava
a) a política protecionista e manufatureira como elemento básico para desenvolver a riqueza da nação.
b) necessária a abolição das aduanas internas, das regulamentações e das corporações então existentes nos países.
c) a propriedade privada como a raiz das infelicidades humanas, daí toda a economia ter de ser controlada pelo Estado.
d) a terra como fonte de toda a riqueza, enquanto a indústria e o comércio apenas transformavam ou faziam circular a riqueza natural.
e) o trabalho como fonte de toda a riqueza, dizendo que, com a concorrência, a divisão do trabalho e o livre comércio, a harmonia e a justiça social seriam alcançadas.

17. (G1) O Iluminismo contribuiu para uma série de modificações políticas e sociais. Entre elas, destaca-se:
a) fim do Despotismo Esclarecido.
b) fortalecimento do poder papal após o surgimento da Teoria do Direito Divino.
c) apesar da intensidade das idéias revolucionárias iluministas, a penetração desses ideais não chegava às colônias americanas.
d) criou bases ideológicas para a Revolução Francesa e influenciou o desenvolvimento da cultura e da educação ocorrido na Europa.
e) mesmo com bases revolucionárias, defendia a servidão.

18. (Pucpr) Dentre as características do Iluminismo, filosofia que alcançou sua máxima consagração na França do século XVIII, NÃO está presente :
a) O combate ao absolutismo real, não necessariamente à monarquia.
b) A defesa do liberalismo no plano econômico, ou seja, combatia o intervencionismo estatal na economia.
c) A defesa da pena de morte como forma de controle da criminalidade.
d) O ensino de que o homem deve governar-se observando a tradição, a religião e a fé.
e) A crença num Deus que pode ser alcançado pela razão, numa espécie de religião natural, dispensando dogmas e sacerdócio: o Deísmo.

19 (Uel) Igualdade social, liberdade de pensamento, ação e soberania popular são manifestações do Iluminismo que basicamente se caracterizou como:
a) Um movimento de retorno aos valores místicos e transcendentes, anteriores ao Renascimento.
b) Uma substituição da religião, da tradição e da ordem absolutista, pelo pensamento racional em prol dos liberalismos político e econômico.
c) Uma utopia social fundada na ideologia cristã, base das correntes humanistas do Ocidente.
d) Uma reação contrária à sistematização do saber e à soberania popular.
e) Um movimento artístico com ênfase na expressão livre da vontade criadora dos artistas.

20. (Ufmg) Com base em conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que o pensamento iluminista
a) levou seus principais ideólogos a tomar parte ativa nos acontecimentos da Revolução Inglesa e a se constituírem na principal liderança desse evento.
b) considerava a desigualdade um fenômeno natural e positivo, além de um importante elemento para garantia da estabilidade social e da paz.
c) favoreceu o envolvimento de todos os seus mentores em campanhas anticlericais, em que manifestavam um ateísmo militante e radical.
d) deu origem a projetos distintos, mas que tinham em comum reformas baseadas no princípio da tolerância e na busca da felicidade.

21. (Ufrrj) O texto a seguir se refere ao liberalismo econômico: A Escola de Manchester, conhecida também como Escola Clássica, desenvolveu o pensamento econômico dominante na época do capitalismo industrial e liberal. Coube a Adam Smith formular em "A Riqueza das Nações", que foi publicado em 1776, as idéias iniciais do Liberalismo Econômico, igualmente defendido por Davi Ricardo em "Princípios da Economia Política e do Imposto", Thomas Robert Malthus em "Ensaio Sobre o Princípio da População" e Jean Baptiste Say em "Tratado de Economia Política".   AQUINO, S. L. de A.; et alii. "História das sociedades modernas às atuais". Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1995, p. 1281.
                A obra Riqueza das Nações (1776), fundamental na evolução do pensamento econômico, defendia, entre outras, a idéia de que
a) a grandeza de um Estado exige a planificação e o dirigismo econômico.
b) o trabalho é a fonte de riqueza, baseando-se no valor da lei da oferta e da procura.
c) a riqueza deve basear-se, fundamentalmente, na exploração dos recursos da natureza.
d) a "mais-valia" resultado da exploração do trabalhador deve ser suprimida.
e) a socialização dos meios de produção e distribuição aumentam a eficiência da economia.

22. (Ufrs) No século XVIII, a filosofia das Luzes - o Iluminismo - constituiu um momento decisivo na história das idéias.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir, referentes a esse tema.

(     ) O movimento das Luzes teve seu maior esplendor na França, que constituía a maior potência da Europa ocidental, seja pelo número de habitantes, seja pelos recursos econômicos.
(     ) A despeito da concepção positiva da natureza humana e, portanto, da crença da perfectibilidade do homem, os pensadores iluministas recusaram qualquer engajamento na vida pública, negando a validade das reflexões políticas.
(     ) As Luzes encontraram suas raízes no progresso realizado no campo científico, ao longo do século XVII, através das contribuições de Galileu e Pascal, entre outros.
(     ) Como princípio-chave, a filosofia iluminista almejava fazer progredir o espírito crítico através de uma reflexão livre: a razão tornou-se o imperativo supremo.
(     ) O século das Luzes pôde atingir tamanho desenvolvimento na medida em que contou com a mais ampla liberdade de expressão e de imprensa, à qual o Estado não impunha censuras.

A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) F - F - V - V - V.
b) V - V - F - F - F.
c) F - V - F - V - V.
d) V - F - V - V - F.
e) F - V - F - F - V.

23. (Ufu) O fim maior e principal para os homens unirem-se em sociedades políticas e submeterem-se a um governo é a conservação de suas propriedades, ou seja, de suas vidas, liberdades e bens.
                Adaptado de LOCKE, John. "Dois Tratados sobre o Governo". São Paulo: Martins Fontes, 1998, p.495.

A autoproteção constitui a única finalidade pela qual se garante à humanidade, individual ou coletivamente, interferir na liberdade de ação de qualquer um. O único propósito de se exercer legitimamente o poder sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra sua vontade, é evitar dano aos demais.
                Adaptado de MILL, J.Stuart. "A Liberdade". São Paulo: Martins Fontes, 2000, p.17.

Os trechos anteriores referem-se aos fundamentos do pensamento liberal. Sobre esse tema, assinale a alternativa que apresenta a explicação INCORRETA.
a) Em defesa da razão e da liberdade, vários pensadores europeus inspiraram uma série de transformações sociais, econômicas e políticas, principalmente a partir do século XVIII, cujas conseqüências estão presentes até hoje na sociedade contemporânea.
b) As bases filosóficas e políticas da sociedade civil e do Estado liberal moderno formaram-se, primeiramente, na Inglaterra no século XVII, tendo como um de seus principais idealizadores John Locke.
c) A defesa da liberdade e da propriedade como direitos legítimos do indivíduo foi importante na formação do ideário liberal, comum a dois importantes movimentos político-sociais europeus nos séculos XVII e XVIII: a Revolução Gloriosa na Inglaterra e a Revolução Francesa.
d) Os princípios do liberalismo, defendidos por Locke e Stuart Mill, excluem os direitos do indivíduo na sociedade ao justificarem a adoção de punições em função de ameaças à liberdade e à propriedade.

24. (Pucpr) As revoluções liberais burguesas inspiraram-se em idéias de intelectuais iluministas que muito valorizavam a razão, procurando explicações racionais para todas as coisas.
Dentre estas idéias, as que mais estavam diretamente relacionadas àqueles movimentos revolucionários eram:

I - A liberdade individual era um entrave ao funcionamento do Estado e deveria ser abolida.
II - O estado nada mais era do que o poder conjunto de todos os membros da sociedade, poder este limitado.
III - O poder político deve ser indivisível e uno, pois somente assim pode atender suas finalidades.
I V- Em oposição ao Antigo Regime, a centralização administrativa devia concentrar os poderes políticos.
V - O Mercantilismo deveria ser substituído pelo Liberalismo, em oposição a qualquer tipo de regulamentação.

São corretas as afirmações:
a) I e IV
b) I e III
c) II e V
d) III e IV
e) IV e V

GABARITO


1. Para obter a unificação do mercado através da adoção de uma moeda única, impostos nacionais, unidade de pesos e medidas e proteção militar interna e externa.

2. a) Manter o controle sobre o Estado, o que se justifica pela tese "os fins justificam os meios".
b) Sem piedade.
c) A defesa do individualismo e do pragmatismo contrariavam os princípios de humildade, justiça e lealdade contidos na moral cristã medieval.

3. [E]

4. [D]

5. [A]

6. [A]

7. [D]

8. [A]

9. [A]

10. [D]

11. [A]

12. [E]

13. [D]


14. O iluminismo foi um movimento filosófico ocorrido entre os séculos XVII e XVIII, fundamentado na crença da razão humana como única forma de aqusição de conhecimento e de explicação dos fenômenos naturais, e na defesa dos princípios de liberdade, igualdade, fraternidade e busca da felicidade, como condição natural dos homens.
Entre as críticas dos iluministas ao Antigo Regime, pode-se destacar o poder absoluto dos reis, a divisão da sociedade em estamentos e os privilégios de classe, e a intolerância religiosa.

15. [D]

16. [E]

17. [D]

18. [D]

19. [B]

20. [D]

21. [B]

22. [D]

23. [D]

24. [C]