- Características de um rei absolutista:
- mantinha um exército nacional organizado;
- decretava leis;
- administrava justiça;
- cobrava impostos;
- mantinha uma burocracia de funcionários para assegurar o cumprimento
das ordens reais.
- Principais
teóricos absolutistas:
- Nicolau Maquiavel;
- Jean Bodin;
- Jacques Bossuet;
- Thomas Hobbes;
- Hugo Grotius.
- Teorias
a respeito da natureza do estado Absolutista:
- O Estado Absolutista e o equilíbrio de classe: os historiadores que defendem essa hipótese, como o estadunidense Paul Sweezy, por exemplo, tomou
por base, principalmente, alguns estudos realizados por Engels, um dos
fundadores do materialismo histórico. Segundo essa abordagem teórica, o estado
Absolutista não representaria apenas o poder de uma classe, mas, de pelo menos
duas: nobreza e burguesia. No entanto, é muito importante observar que Engels,
segundo consideração do historiador inglês
Christopher Hill, em hipótese alguma, se referiu a duas ou mais classes
governantes durante a época das monarquias Absolutistas. Ou seja, o princípio
do "equilíbrio de classes" não pode se embasar nos escritos de
Engels, que destaca a excepcionalidade de alguns períodos, não podendo ser
generalizados e aplicados a todos os estados Absolutistas ao longo de vários
séculos.
- O Estado Absolutista como um estado capitalista: a identificação do Absolutismo como possuidor de um "caráter burguês" foi proposta por
alguns autores, que deram grande importância ao desenvolvimento de
uma economia mercantil e manufatureira no período. Uma vez
que a nobreza perdera o poder econômico, não deveria mais possuir o poder
político. Na realidade, esses autores se esqueceram de que durante todo o período de transição do Feudalismo para o
capitalismo, na Europa Ocidental, mesmo com o desenvolvimento mercantil e manufatureiro, as relações sócias permaneceram
essencialmente feudais. Outra crítica que se pode fazer a essa vertente interpretativa é a de que fica extremamente problemático compreender as Revoluções Burguesas dos séculos
XVII e XVIII: por que teriam ocorrido essas Revoluções, se a burguesia já era detentora do poder?
- O Estado Absolutista como um estado Feudal: a constatação de que
o Absolutismo é uma forma de estado feudal é que este só foi superado pelas
Revoluções burguesas, é a hipótese mais aceita para explicar a natureza do
estado no período de transição do feudalismo para o capitalismo. O estudioso
britânico Perry Anderson, em linhagens do estado Absolutista, diz que
"durante toda a fase inicial da época moderna, a classe
dominante - econômica e política - era, portanto a mesma da época medieval: a aristocracia feudal. Essa nobreza passou por profundas
metamorfoses nos séculos que se seguiram ao fim da idade média: mas desde o princípio até o final da história do absolutismo, nunca foi
desalojada do poder político. Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação
feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua
posição social tradicional... Em outras palavras, o estado Absolutista nunca
foi um árbitro entre a aristocracia e a burguesia, e
menos ainda um instrumento da burguesia nascente contra a aristocracia: ele era a nova carapaça política de uma nobreza atemorizada."
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